Casinha das recordações

O palheiro

Voltei à casinha que vi reconstruir,
De palheiro,
Virou casa de habitação,
Cada dia presente neste lugar
Me enche o coração,
E para muitas viagens ao passado
Me faz embarcar.

Eu sorriu a cada lembrança,
Cada uma repleta de coisas boas,
São tantos momentos a relembrar,
Que um sorriso
É a melhor forma de os celebrar.

Cada memória que vem,
É um sorriso que volta
E tudo que na cidade me prende
No campo me solta.

É um sossego reconfortante,
É o chilrear dos pássaros,
É a beleza de cada árvore,
Umas mais perto outras mais distantes.

Paredes que guardam histórias
E muitas cantorias,
Casa cheia,
Repleta de alegria,
Com muita água, sumo, vinho
E também sangria.

Patrícia Gonçalves

Dias quentes

No calor que se avizinha,
Que bem sabe uma sombrinha,
Mas o trabalho está aí,
Ainda agora entrei,
E falta muito para sair.

Estou quase a cair,
Não sei se vou aguentar,
Vou-me refrescar,
O rosto por água tenho de passar,
Não vejo a hora do trabalho sair
E o caminho da praia seguir.

Dias quentes,
Normalmente,
Trazem sol e alegria,
Um dia com água ou refresco,
Uma noite com sangria,
E eu a desejar um lugar fresco.

Dias quentes,
Trazem mais disposição,
Sentido de humor,
Para alguns atrai o amor.

Bem, o que a vontade permitir,
Mas não nos vamos contrair,
Aqui só há uma condição,
Que é mostrar esse sorriso
Seja natural ou postiço.

Patrícia Gonçalves