Tenho medo e depois?

O medo faz parte da vida,
Encara-o como um desafio,
Há quem tenha a vida por um fio
E contínua batalhando,
Umas vezes cai,
Outras continua andando.

Tenho medo e depois?
Das quedas somo lições,
E a cada passo somo vitórias.
Há que não ter medo das emoções,
Elas fazem parte das nossas memórias
Das nossas glórias
E derrotas.

O mais importante do medo
É o depois,
Pois
Depende de ti
Se ele te vai impedir
Ou se mesmo com ele vais seguir.

É sempre tua a decisão
O medo pode servir apenas de companhia,
E lá mais para frente segues dizendo,
“O medo foi comigo no início,
Mas sumiu e eu fui seguindo”,
Talvez tenha sido por ter ganho em teimosia.

Patrícia Gonçalves

Povo

Povo,
Que tanto sofreste pelo que hoje tens direito.
Povo,
Que destes voz e união,
À esperança que muitos traziam ao peito.
Povo,
De força e coragem,
Foram a voz
Do que muitos traziam no coração,
Mas que por medo permaneceram sós.
Povo,
Que lutas-te,
E de amarras nas mãos te ergueste.

Povo de hoje,
Se hoje és livre,
E cada erro pode ser apenas asneira,
Pensa de outra maneira,
Pensa,
Que nem diferente podias ser,
Se em pé querias permanecer.
Pensa
E luta,
Toda a vida tem valor,
E esta liberdade,
Conquistada com muita dor,
Suor
E amor.
Valoriza aos que te ajudaram a ter voz.

Patrícia Gonçalves

Grito

Por dentro tenho um vazio,
Um perfeito baralho
De ideias e conceitos,
Que perfeitos seriam
Se o medo não me amarrasse.
E se tentasse?
Quais seriam os meus feitos?
Porque me importa que outros se riam?
Grito a vontade de agir,
Mas só depende de mim ir.
Soltem-se-me as amarras
Que eu quero partir.
Para onde não sei,
Sei que me fazia bem,
Então vou…
Só dependo de quem sou
Para ser alguém.

O nosso medo

Sempre presente,
Por vezes meio tímido,
Ou até mesmo descarado.
Lidar com ele
E com o que se sente
Faz parte do nosso crescimento.
Temos medo
De perder alguém…
Temos medo
De não tentar
E de errar.
É como cavalo bravo, não domado,
Mas tudo corre bem se controlado.
Ele pode ser âncora ou impulso
Só depende de nós
Pois temos pulso…
Somos nós que o alimentamos
E não ele a nós.
Soltemos os nós,
E sem receio em frente continuamos.

Patrícia Gonçalves