valor

Mar

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Oh mar,
Tão imenso é o teu interior,
Representas tanta esperança
E ao mesmo tempo tanta dor.
És grandioso,
Por vezes belo,
Por vezes perigoso.

Tal como com as relações pessoais
É no interior que está a essência,
Tudo resto é aparência.

Já bem diz o ditado,
Quem vê caras não vê corações,
Dentro de cada pessoa,
Existem dilemas que nos deixam à toa.

Oh mar,
Meus olhos fazes brilhar com a tua paisagem,
Muitas vezes lembras-me
Que a vida é uma passagem.

Gosto de te contemplar,
Calmo, ou mesmo bravo,
Trazes sempre uma memória ou lição
À minha mente
E agradecido fica o coração.

Oh mar,
Fácil de amar
Fácil odiar,
Que tanto dá,
Que tanto tira,
E a cabeça por vezes pira
Quando bate a ira
Do mundo que nos dá de comer
E quando nos tira nos faz sofrer.

Oh mar
Tua imensidão requer respeito
Tal como tudo na vida
Pois um valor que trazemos ao peito.

Ass: Patrícia Gonçalves

Mulher

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Quem és tu mulher,
Não aceites que algo te derrube,
És árvore de frutos,
Mesmo se não os destes,
Não aceites menos do que tu mereces.

Tu tens de ser a tua prioridade,
Trata-te com respeito e seriedade.
Mulher,
Não precisas do brilho de ninguém,
Se estás sozinha um dia encontrarás alguém
Que aceite brilhar contigo,
Seja amor ou amizade,
Que se deão valor,
Na alegria ou na dor.

Mulher,
Que tanto passas em silêncio,
Orgulha-te do que até aqui passaste,
Ninguém sabe o que priorizaste.
Muitos te julgaram,
E muitos preferem imaginar
Ou supor antes de contigo falar.

Mulher,
És fonte de vida,
Não és apenas um ser com viagem de ida,
És mulher com força e poder,
Gere essa energia
Que nada te roube a alegria,
E se achares que a perdeste,
Lembra-te do que passaste e viveste.
Nunca desistas de ti,
Olha-te ao espelho e sorri.

Patrícia Gonçalves

Coisas simples

/ Patrícia Gonçalves / Deixe um comentário

É tão bom
Rodearmo-nos de coisas simples,
Dar valor ao que não tem preço,
Ter apreço
Por alguém com os mesmos valores nós
E assim não nos sentimos sós.

Que bom
Não ter problema em as mãos ou pés sujar
Para colher um fruto colher
Para comer.

Andar de calças arregaçadas
A passear na berma da água da praia,
E com uma boa companhia
Para descontrair,
Descomprimir,
Relaxar
Sorrir e conversar…
E do stress fugir.

Sair com a família
E ou amigos,
Beber um copo e brindar,
À amizade
E à alegria.

Porque é normal às vezes nos sentimos sós,
Mas temos de aproveitar
Os momentos em grupo
Para essa energia absorver
E boas memórias reviver.

Procura quem partilhe da mesma simplicidade,
Dá mesma honestidade,
Do mesmo respeito,
Dos mesmos valores que carregas ao peito
Com orgulho,
Junta essas pessoas num mergulho
E que amizade dure pela eternidade.

Patrícia Gonçalves

Qual é a tua maior riqueza?

/ Patrícia Gonçalves / Deixe um comentário

Para esta pergunta,
Podemos ter mil respostas ou nenhuma,
Riqueza pode ser financeira
Ou emocional,
Mas não me levem a mal,
Tenho de me focar
Em quem quero ter à minha beira.

Dinheiro
Faz dinheiro
Pode comprar companheiro,
Mas não faz parceiro,
Apenas se de negócios falarmos,
Aí, haja uma boa ligação para continuarmos.

Para mim,
E espero para muitos,
A maior riqueza
É a família,
Um filho, mãe, avó, tia…
Ou se nos focarmos em nós
Na nossa personalidade,
Experiências,
Vivências.

Infelizmente,
Para alguns, a ligação familiar,
Têm pouco valor,
Não passando de um laço de sangue,
Ou alguma história para continuar.

São prioridades,
E cada um tem a suas,
Não queremos ferir susceptibilidades.
A meu ver,
Expondo a minha visão nua e crua,
As ligações humanas são incríveis,
Algo belo a apreciar,
Como uma linda paisagem
De manhã ou ao luar,
É juntar uma mesa quem amamos,
E não ser apenas nos juntarmos
Em casamentos ou funerais.

Riqueza é a união,
A experiência vivida,
A nossa viagem é de ida,
Vive-a internamente e com emoção.

Patrícia Gonçalves

Quanto vale o tempo

/ Patrícia Gonçalves / Deixe um comentário

Quantas vezes olhas para trás?
Para o passado,
Para o tempo que passou,
E na memória ficou,
E por alguma razão nos marcou.

Apenas a memória volta atrás.
Podemos voltar atrás no caminho,
E hoje em dia,
Até na programação,
Mas o tempo não volta atrás…

Quantas batidas resta ao coração?
Quanto tempo temos
Para passar com os que amamos?
Demos tudo o que somos?
Dar tudo não é fazer muito,
Mas ser verdadeiro
Em tudo o que fazemos,
Fazer de coração aberto,
Por nós mesmos
E pelos outros.

O tempo não tem preço,
Mas tem valor.
Incalculável,
Para estar com quem gostamos
Estimável,
No que ao trabalho diz respeito.
É do valor do nosso empenho
Que vem o nosso sustento.

Quando pensamos
Nos momentos que queremos congelar,
E tempo insiste em passar…
Não há dinheiro,
Ou valor
Que o faça parar.

Queremos congelar aquele abraço,
Aquele cantar…
Pois sabemos que será eterno,
E é tão doce ouvi-lo sem estar a contar.
Por vezes quero dormir quando ele aparece,
Mas quero aproveitá-lo,
Tenho de o ouvir um pouco
Enquanto não desaparece.

Quanto vale aquele cantar?
Quanto vale aquele abraço?
Quanto vale o tempo?
Direi depende da companhia
Pois a vida deve ser levada
Com amor, paz e alegria.

Patrícia Gonçalves

O que nos prende à terra

/ Patrícia Gonçalves / Deixe um comentário

Passeamo-nos no tempo
Como vento no planalto.
O tempo,
Escorre-nos entre os dedos
Como se de areia se tratasse.

Do alto…
A areia da ampulheta
Vai descendo,
E aquela dor aparecendo,
Por quem vamos perdendo,
E por quem não queremos perder.
A vida segue,
Fica o que te és de verdade,
A tua essência,
É o que transmites,
Com palavras e actos.

A dor,
O amor,
Os valores pessoais,
Ou crenças,
É o que nos prende à terra,
E nos faz valorizar cada momento.
O tempo passa
E escorre-nos entre os dedos…
Vamos aprender,
Largar os medos,
Abraçar quem se ama
E viver.

Patrícia Gonçalves

Sinais

/ Patrícia Gonçalves / Deixe um comentário

Precorrem o nosso corpo
Como se de uma constelação se tratasse,
Ou talvez seja um mapa,
Para que a nossa alma gémea
Sem se dar conta nos encontrasse.
Encontramos pessoas,
Por vezes tão diferentes de nós,
Mas que nos dizem tanto
E fazem não nos sentirmos sós.
A vida vai dando sinais
Daquilo que tens de dar valor,
Que é mais bela
Quando no coração temos amor.
Ela é uma curta oportinidade
De amar,
De aproveitar,
De errar,
De aprender
E sem medo viver
Com respeito e humildade.

Tempo

/ Patrícia Gonçalves / Deixe um comentário

Luto contra o tempo
Buscando felicidade,
Mas devo ser exigente
Porque há tanta gente
Que mente,
Que finge,
Respeito e honestidade
E se diz digno do nosso tempo.

Ele é o nosso diamante em bruto
Cabe a nós lapida-lo
E com quem gastá-lo.
Ele não tem preço, mas tem valor.
E quando perdemos alguém…

Quando vale o tempo com aquela pessoa?
Cuja voz já não se ouve,
Cujo cheiro já não se sente,
Mas cujo sentimento
Continua presente.

Partilhamos
Risos, lágrimas, abraços
Tristezas e crenças
São graças com valor.
É o que levamos
E deixamos aqui
Com muito amor.

Patrícia Gonçalves