verdade

Aconchego

/ Patrícia Gonçalves / Deixe um comentário

Quão belo é o teu aconchego…
Que vem dos nossos momentos,
Dos nossos sentimentos,
Que partilhamos sem pensar no tempo
E que o vento não leva nem desfaz.
Ah o teu aconchego só me transmite paz…

Contigo o tempo voa
E como me sinto à toa
Quando o tento parar.
Já o teu aconchego
Me congela o ego
E me sinto a pairar.

O teu abraço é a ternura do meu dia
Que cravado no meu peito
Me alegra com alegria.
No teu colo encontro a felicidade
E amor de verdade.

No teu aconchego encontrei
Tudo o que sempre procurei.
Obrigada por me colorires a vida
Pois esta é uma viagem de ida
E eu quero seguir a teu lado.

Patrícia Gonçalves

Onde está o teu mel?

/ Patrícia Gonçalves / Deixe um comentário

Oh abelha,
Onde está o teu mel?
Sei que tens um bom coração
E tua preocupação torna-te atenciosa,
Tua língua um pouco cruel,
mas já provaste que não precisas de ferrão
Para mostrar teu fel…

Palavras magoam,
E são ferruadas autênticas,
Por vezes difíceis de serem ignoradas
E mesmo quando a lágrima me saí
Ages com naturalidade
Aí meu espírito cai,
Mas sei que não é por maldade.

É abelha,
De coração bom
Feitio torcido
Fala o que lhe apetece
Nem sempre de bom tom,
Assemelhando-se a farpas ou ferruadas
Pelo menos é o que me parece.

Oh abelha rainha
Onde está o teu mel?
Sei que nessa alma ainda há doce,
Pois que seria de mim se assim não fosse?

Ter tua companhia,
É uma benção de manhã e de dia,
E acredita que é verdade,
Que digo com sinceridade,
Pois tenho hoje o que muitos não têm,
Um dia não vou ter,
E sei que vou sofrer.

Patrícia Gonçalves

A vida que escolhemos

/ Patrícia Gonçalves / Deixe um comentário

Verdade seja dita
Nem todos temos a vida que escolhemos,
Nem todos aproveitam
A uma boa índule familiar,
E nem todos a têm.

Enquanto crianças pouco podemos fazer,
A vida trata de nos fazer crescer,
Desenvolver os gostos que vamos tendo
E acreditando
Que boas apostas vamos fazendo.

Enquanto adultos,
Muita coisa já podemos fazer,
De tudo o que fazemos
E escolhemos,
Temos de ter responsabilidade
E consciência
Que o tempo não recua.

Se algo der errado,
Assume-lo com humildade
Respira e tem paciência,
Se algo corre mal
A responsabilidade
É tua,
Se algo corre bem,
Os louros serão de quem?

Abraça as escolhas que fazes,
Cada uma é um risco,
Nem sempre corre como pensamos,
Às vezes será melhor,
Outras será pior,
Mas se for preciso mudar,
É porque sabes o que queres alcançar.

Será esta a vida que escolheste?
Cada um que passa por nós
Carrega sua história e vivência
Ninguém te pede para a viver,
Mas com empatia
Podes alguma coisa aprender,
E assim melhor escolher.

Patrícia Gonçalves

Para e pensa

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Para e pensa,
Nunca sentiste
Que o tempo anda depressa demais,
Nunca quiseste parar o tempo,
Como se fosse possível
Agarrà-lo pelas rédeas.

Certos momentos,
Ficam na memória
São como fragmentos
De felicidade,
De humildade…
Onde não existem máscaras,
E apenas nos deixamos abraçar
Por esses momentos
Que já não conseguimos alcançar,
São pedaços da nossa história,
Eternizados com um sorriso.
E uma lágrima que escorre pelo rosto.

Para e pensa,
Não importa se
Alguém não te valorizou,
Não importa se
O que esperavas não aconteceu,
O tempo não parou,
E tu só precisas de ti.

Para e pensa,
A quem doeu as tuas quedas?
Quem viveu os teus amores?
Se eles não deram certo,
Teremos de eternizar as dores?
Ou seguir vivendo?

Para e pensa,
O tempo não cura tudo
É verdade,
Mas sabes que tudo tem seu tempo,
E devemos ser a nossa prioridade.

Para e pensa,
Ninguém vive por ti,
E está experiência é tua
Tudo está nas tuas mãos,
Está é a verdade nua e crua.

Patrícia Gonçalves

Rasgo de saudade

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Sigo para o trabalho,
Olhando aquela neblina…
Por vezes,
Parece que o tempo veste a nossa alma,
Temos de sossegar
E ter calma.
Todos temos internas tempestades,
Podemos nos chatear,
Zangar,
Temos de priorizar
Quem amamos,
Quem, o nosso tempo, aceitamos partilhar
Para na vida,
À tristeza
Não vivermos amarrados.

Olho o céu,
Me dá aquele rasgo de saudade,
A lágrima caí,
Lembrando momentos partilhados,
E faço aquele sorriso meio embrulhado,
Não é ser forte ou fraco,
Talvez por forças de parte
E comigo ser humilde,
E ser de verdade.

Esse rasgo de saudade
Faz parte
E é bom,
Mas dói…
Todos damos
E deixamos
Nos outros um pouco de nós
Criamos na vida laços
E não nós.

Encontra o equilíbrio na queda
Levanta-te,
Mas se chegares a cair,
Aproveita o impulso
Erguer-te
E segue a sorrir.

Patrícia Gonçalves

A Mente

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A nossa mente
O nosso arquivo,
O nosso escritório,
Deveria sê-lo…
Sacana
Tem vontade própria.
Somos seres de vontades
De emoções.
Mente,
Que tantas partidas nos prega
Mas a vida não permite correções,
À que ter mão não nossas ações.

Damo-nos a amores
E a amizades
Em busca de emoção,
De uma razão…
Somos seres incompletos
Em busca do impulso,
De algo que nos completa.
A imagem da felicidade
Não tem teto,
E pode morar
Na verdade,
Na intensidade
de uma amizade.

Quando a mente está bem
Ela constroi,
Quando não está destrói.
Sãos são os loucos,
Que nos vão enlouquecendo
E nós perdidos em razões,
Desculpas,
Culpas,
Motivações,
Ou porquês…
A vida segue como a água
Não pode ficar parada.

Levanta-te e lava a cara.
Já é tempo de sarar a ferida
Que foi muito sofrida
Que te fez sangrar
e agora te faz gritar.

A mente é a nossa natureza,
Muitos a podem estudar,
Mas é tu que a alimentas,
Que a podes estruturar.

Patrícia Gonçalves

O que nos prende à terra

/ Patrícia Gonçalves / Deixe um comentário

Passeamo-nos no tempo
Como vento no planalto.
O tempo,
Escorre-nos entre os dedos
Como se de areia se tratasse.

Do alto…
A areia da ampulheta
Vai descendo,
E aquela dor aparecendo,
Por quem vamos perdendo,
E por quem não queremos perder.
A vida segue,
Fica o que te és de verdade,
A tua essência,
É o que transmites,
Com palavras e actos.

A dor,
O amor,
Os valores pessoais,
Ou crenças,
É o que nos prende à terra,
E nos faz valorizar cada momento.
O tempo passa
E escorre-nos entre os dedos…
Vamos aprender,
Largar os medos,
Abraçar quem se ama
E viver.

Patrícia Gonçalves